Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
sábado, 14 de agosto de 2010
K
on?
E então fartaram-se dos punhos, e das armas mortas, e dos gritos despegados, e dos corpos repelindo-se; fartaram-se do sangue à mesa, e da imprecação lívida, e do punho em falso, e do grito false(t)ado;
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
3 Comentários:
Fartaram-se? Então, a pouco e pouco, improvisarão uma escada exterior para salvar os pássaros com asas de vidro... Quem sabe?
Um beijo, Jaime.
Pode ser que sim, que um dia se fartem... Simultâneos!
Um beijo
L.B.
Sim. Quem sabe?
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