Novo Ano
em simétrico traje,
acompanhou-se
aos outros;
esgueirou-se
em corpo de baile.
De soslaio repetido,
as horas
entravam-lhe pelos olhos
quase inquisitórios.
Saltou para o novo ano,
gémeo do outro.
Brindou
num sorriso farto,
e mirou o amanhã
em suave abandono;
mas trémula,
nada viu,
apenas um mar
lá longe,
longe,
em volume espesso;
ao meio, atravessado,
um atalho
que a separava do trigo...
(apartir de um pensamento de musalia)
2 Comentários:
Lindo o teu poema, meu amigo!
Esse "atalho"... por vezes difícil de percorrer...por vezes, imperativo para continuar.
Só ousando se chega ao destino - à VIDA.
(p.s. tens um mimo no meu blog para ti)
Beijinhos
Estamos no fio da navalha, muitas vezes.
Mas os atalhos devem ser percorridos sempre do lado de cá do trigo (com breves incursões ao joio...)
PS - obrigado pelo mimo :-)
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