domingo, 22 de janeiro de 2017

K

estreito

Estreito,
estreito o caminho;
desliga o rádio 
e a noite embranquece,
lívida,
nem restos de estática 
a acompanham.
O caminho 
nada reflecte,
nem um grão de luz,
nem um pozinho de som,
nada.
Agora, ela mostra
as mãos finas,
pálidas de sono,
e pressente
um escape
que afinal
não há!

(foto do autor
obtida com telemóvel)

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1 Comentários:

Anonymous alfacinha disse...

Transformando palavras num poema é para mim uma meta inabordável, mesmo na minha própria língua, por falta de talento.
Por isso obrigado para as palavras doces sobre a minha tentação escrever no idioma Português.
Um abraço

quarta-feira, 25 janeiro, 2017  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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