quarta-feira, 2 de outubro de 2013

K

Fuga atarantada

Era mar,
era sossego,
na vista azul,
entre dois tons,
espreguiçavam-se as nuvens.
Tudo parecia certo,
até o vento soprava
em jeito de samba
sem notas.
Era, pois,
uma calma reluzente,
em que só as ondas
suspiravam.
Ao meio-dia,
entre bramidos estonteantes,
ergueu-se um monstro marinho,
escorrendo sal e pânico.
Nas fugas atarantadas,
ninguém viu um homem enfadado
de coleira na mão:
afinal o mostrengo não era de Pessoa,
era galhofeira múmia do Museu ali ao lado!
(publicado em 77 palavras)
(fonte da imagem:
Desafio nº 49 – história louca de férias!

2 Comentários:

Blogger Daniel C.da Silva disse...

Ritmo, pujança, quase declamação... quando se escreve assim sobre um Egas ou Becas, como se escreverá sobre pessoas? ;)

Abraço

domingo, 06 outubro, 2013  
Anonymous Anónimo disse...

I read this piece of writing completely concerning the difference of latest
and preceding technologies, it's remarkable article.


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segunda-feira, 14 outubro, 2013  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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