quarta-feira, 12 de agosto de 2009

K

sonhos à beira-mar


Sorri ao vento
nas suas longitudes,
tão longe estava
que nem o trote
dos corcéis
animava os restos
de sonhos arcaicos
que o assombravam;
marchavam velhos jograis,
pantominas
a cinza,
por mor do luto;
já nem se ouviam as sereias
ou marinheiros gregos;
afinal de quem eram os mares,
os rios,
as águas nascentes,
morrendo nas praias?
(imagem retirada da net: Manet, "Ninfa surpreendida")

Etiquetas:

2 Comentários:

Blogger maré disse...

eram dos sonhos!

mas o mar cresce nos olhos
na voz que se ouve

de dentro
por dentro

deixo-lhe um beijo Jaime

à porta do mar

quarta-feira, 12 agosto, 2009  
Blogger Jaime A. disse...

o mar cresce sempre,
não sabemos os seus caminhos,
sentimo-lo, no entanto.
Outro para si, maré.

quarta-feira, 12 agosto, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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