Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
domingo, 2 de agosto de 2009
K
quase soneto
Entre duas áleas te prostraste, No caminho antigo que era teu, Naquele vento norte ganhaste Um raro carinho, um sonho meu. Sorriste, já sem graça e sem afecto, Sem tino ou presunção sequer Mau grado meu abraço, meu tecto Tão, fria, distante estás, mulher.
Vi ao longe teu desprezo, Teu fastio quase derramado. Hoje eu suplico, quase rezo Para que esse teu ar enfeitiçado Seja um sonho tão desmaiado Que eu o esqueça de tão desbotado.
(imagem retirada da net, "Toilette" de Toulouse-Lautrec)
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
3 Comentários:
constantes transições
o pretérito
e o devir
as preces do presente
.
um feliz domingo Jaime
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