segunda-feira, 25 de maio de 2009

K

Atalhos


Caminho sob mim próprio,
há tenazes que me abrangem
subtil, docemente.
Entre as palmeiras
fugas de brisa,
de poeiras de cor fosca.
A terra afunda-me,
o mar ocre,
desvenda-se em laivos de vapor,
enquanto a vida se espelha.
Houve dor queimando as secas matrizes.
Balançou o pesar entre as silvas.
Os montes anexos,
os juncais,
trepavam-se e soldavam os cumes.
Fiquei estático.
sabia que a urze
cercaria os meus caminhos,
qual serpente bífida,
tricéfala.
Bastei-me,
Apenas o gosto da vida,
em paisagem morta, espúria.
(imagem retirada da net)

1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Caminhar sob si próprio. Afundar-se na terra. Saber que a urze
cercará os seus caminhos... Um poema cheio de sentimento e muito belo.
Um abraço.

segunda-feira, 25 maio, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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