terça-feira, 13 de maio de 2008
K"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
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Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
2 Comentários:
"Olá, meu amigo. Há quanto tempo?... Estás com boa cara! Então essa labuta?"
Ou isso, ou gostar (sempre) de te reencontrar, de te reler.
Num misto de prazer parasita e fraterno com que vejo correr nas linhas deste teu texto-torrente - outrora um blog - os dias destilados de quem estupidamente resiste à dormência da vida e se impede de cerrar os olhos em espanto.
"Há quanto tempo, meu amigo?..."
Há quanto tempo, meu amigo?
Entre a saudade de estarmos todos juntos e o prazer de te (re)ler vai tempo, mas o tempo talvez nem exista...
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