sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
K"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
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Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
6 Comentários:
Ai alentejo, alentejo como eu em ti me revejo!...
O Alentejo...
Como lamento não o conhecer da terra como tantos.
Como tantos que falam do calor das suas entranhas, da lassidão pesada do seu tempo.
Conheço-o como uma paisagem livresca, como a um destino de catálogo.
Tenho pena.
Conheço a Beira.
Não podemos ter tudo.
O Alentejo da minha infância e meninice... que Saudades!!
Um abraço e grata por toda esta partilha
:)
O "meu Alentejo"
Filha adoptiva do Alentejo, jamais o esquecerei.
ALÉM das brumas que se soltam do TEJO, já os rigores do Inverno se esfumam e não paira no ar o aroma a lareiras. O rio de asfalto que se dirige para Norte é bordejado de miríades de verdes. Na margem esquerda, surgem as primeiras estrelas das mimosas, competindo em cor e brilho com o tímido sol que as aquece. Contudo, o seu calor não chega à margem direita, onde as folhas ainda estão cobertas pela “magia” (1) da aurora.
As gaivotas aqui não param, mas os ares são percorridos pelo vai vem atarefado das andorinhas que com o seu pipilar acompanham alegremente a construção dos ninhos.
O embalo do tempo e do canto polifónico das aves remete-nos para o sonho que transforma o rio de asfalto em mar de mil cores. O verde é soberano, mas aqui e ali, aparecem giestas, vindas não se sabe de onde, florescem as estevas brancas, eternas companheiras das outras flores silvestres e contrastam com as rubras papoilas. O roxo da alfazema, mais tardio, empresta o colorido que faltava. O mar enche-se, assim, de pinceladas policromáticas, qual arco íris descido dos céus.
Klimt e os seus dourados chega, apenas no Outono, quando as searas ondulam ao vento, e o mar/planície cumpre o seu percurso.
O ciclo do tempo regressa aos rigores do Inverno, aos serões passados à lareira.
Lá fora, o mar aquieta-se e o aroma de azinho ardido espalha-se pelas ruas aquecendo-as.
(1) geada
Este é o meu Alentejo!
E , Joquim, olha-o de outra forma e verás que ele é também assim.
Um beijo amigo
que drama! então as praias e o festival do sudoeste???
as praias estão no litoral, pois o interior poucos desejam conhecer, cara mo.
O festival do sudoeste, ajudou a pôr o Alentejo no mapa.
Agradeço-te o teres aparecido.
Volta quando quiseres.
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