segunda-feira, 4 de setembro de 2006

K

Azul serra

Pelo azul adentro,
estendem-se os montes,
prolongam-se
até ao mais infinito.
Pedras ásperas,
descem mar abaixo,
e, ao fundo,
a água é leite,
raioso o Sol,
espuma nebulosa.
Brilha a areia
(ósculos de água);
a planura vence os montes.
Pressente-se um Outono
na brisa
tingindo o ar;
paira uma paz
que as gaivotas sabem...

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

A Natureza em todo o seu esplendor!
nas vertentes, nas planuras , no infinito que as gaivotas bordam no seu vôo .
Beijinho, Amigo

terça-feira, 05 setembro, 2006  
Blogger Memória transparente disse...

"...paira uma paz
que as gaivotas sabem"

Boa semana.

quarta-feira, 13 setembro, 2006  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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