domingo, 5 de maio de 2019

K

olhar

Passeaste os olhos
pelo corredor, 
pelo chão, 
encontraste os meus
e sorriram-se. 
Aproximei-me
do teu precipício, 
espreitei, 
e a vertigem puxou-me:
"Onde estaria o teu olhar?" 
Senti que, contigo, 
sobrevoaria até o mar, 
raso de lágrimas. 
Tentaria, pois, 
o salto. 
Teus olhos riram, 
abraçaram os meus 
e demos as mãos, 
o Tejo indicando o caminho, 
o amanhecer o nosso limite. 


(foto do autor 
obtida com telemóvel:
Lisboa vista duma das 
suas colinas) 

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Também encontrei os teus olhos, Jaime e sorri-te… O teu poema é muito belo, com "o Tejo indicando o caminho" de qualquer limite…
Nem sempre consigo comentar-te e não sei o motivo…
Um grande beijo.

quarta-feira, 15 maio, 2019  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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