sábado, 9 de fevereiro de 2019

K

o Caminho da Lua

A Lua cai,
parte-se,
rodopiam estilhaços,
nos brilhos loucos,
volteiam olhos
de antigos marinheiros
que na Lua viam o Caminho.

Hoje, as rochas restantes
já nada dizem
e os olhos, dementes,
só conduzem
a escolhos
que, por sorte,
levam ao cavalgar
das ondas,
das próprias ondas
que estilhaçaram
a Lua;

fechou-se o círculo.

(foto dum grafito em
S. Sebastião, Lisboa) 

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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