Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
terça-feira, 1 de maio de 2018
K
caminhando...
Agora, até pode ser o tempo dos frutos, das árvores viçosas, do regresso em jeito de bênção do Senhor. Assim, de túnicas, de sandálias, caminhando compassadamente, as mãos levantadas, lentas, um sorriso dirigido ao Altíssimo. E tudo isto, se mencionou apenas porque foram referidos o tempo dos frutos, das árvores viçosas, Como faremos conexões destas, tão próximos de Deus, tão próximos dos homens? (fonte da imagem: http://www.wehopeagain.com/?p=560)
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
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