Não sei se o caminho sou eu,
ou se é ele que me produz,
se as nuvens fazem desenhos,
se é o remorso que me seduz.
[Em vão atalho pelo caminho,
difuso, ignaro,
que sempre me afronta;
em vão busco um silêncio,
uma agonia imperativa,
um espaço caiado,
um sepulcro
perdido nas lamas
imensas,
tão distantes...
e levemente relembro a geografia,
alva, baça e luzente,
daquele geógrafo que nunca serei...]
(inspirado em excertos
de um poema de Valerio Magrelli publicado por moriana)
(imagem retirada da net: "O geógrafo" de Vermeer)
Descobrir os melhores caminhos é o que há de mais difícil na nossa vida.
ResponderEliminarGostei do teu poema, muito bom.
Abraço.
Os caminhos acabam por ser concêntricos...beijos.
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