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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

soneto do pé quebrado

sobrou o tempo da meninice,
das memórias a preto e branco,
do olhar claro, da meiguice,
do Alentejo seco, sempre campo

olho os retratos daquele tempo,
em jeito de sorriso mal disfarço
uma saudade vivaz, o desalento
de alguém chorando num abraço

sou feliz hoje, não o nego
a vida soçobra-me dos braços,
sinto a guerra ou o sossego,

mas logo vibra alto o meu ego,
ergue-se e logo ensaia os passos
de uma vida clara, sem nós cegos

(autoria Richard Abston em http://www.phot.net/)

5 comentários:

  1. Recordar a infância a preto e branco para que a vida seja mais colorida e "sem nós cegos".
    O soneto é um género dificílimo (pelo menos para mim, que nunca fiz nenhum...).
    Bom fim de semana.
    Abraço.

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  2. Dácassilabo!!!
    Parfait mom amie. Meilheur que tói, est seulement tói.

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  3. Muito obrigado pelas felicitações por este meu exercício :)

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  4. destecer o "nós"


    e abrir-se, como flor
    nos trajectos do sol


    ____

    aqui, com mais um abraço

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  5. Sonetos e rimas...não sei! Mas soa bem. Beijos.

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