"Quando escrevo é como se meu corpo aquecesse"
(Carlos Drummond de Andrade)
Destilo palavras,
que calidamente
espreitam os meus poros.
Elas misturam-se
com as pérolas de suor,
com o que sinto
de mais grandioso,
ou abjecto.
O meu corpo aquece,
as falas,
até as sílabas,
iluminam-no
em jeito de candelabros
{quase}.
Perlam-se os sinónimos,
os adjectivos,
frase abaixo;
apenas o meu pulso
fiel ao que escrevo,
toma o verbo,
e espalha-o,
vibrante,
em câmara escura...
sonante,
numa vaga loucura
errante...
(imagem retirada da net)
[Este é o meu mote:
Pilriteiro que dás pilritos
por que não dás coisa boa?
Cada um dá o que pode
conforme a sua pessoa.
Aceitem, pois,
os meus modestos "pilritos"
que convosco vou partilhando...]
As palavras são quase sempre um refúfio, uma fuga, uma pausa...
ResponderEliminarGostei do poema.
Beijos.
não sei que se passou
ResponderEliminar.
durante infinito tempo não consegui aceder ao Sopro Divino, por isso o recado deixado. tinha saudades de passear-me por aqui. tantas
e agora? como vou conseguir pôr a leitura em dia?
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um beijo, plácido de Penélope
Gostei...fazes-me sorrir. Beijos.
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