Sentiste passar a poesia?
Sentiste os seus sintagmas,
os seus nomes e pronomes?
Os seus versos, as suas quadras?
Não a sentiste?
Não ouviste os seus gritos,
os seus rogos,
os seus passos glaciais,
os seus rumores?
É a poesia que move,
que não é eco
é caminho,
que trepa muros,
arrasa dogmas,
angustia
e afaga.
É a poesia que se escreve,
que se pinta,
que despe e veste.
É a poesia,
mercado-bruto
de tristeza
e saudade
e jornada.
É a poesia
justiça,
dor,
rebanho de ilusões.
É a poesia
fúria ateia,
jardim de delícias
e sevícias.
É a poesia
religião,
atalho,
fim e princípio.
É a poesia
restolho,
seara,
vida e morte.
É a poesia,
apenas.
(fotos do autor
obtidas com telemóvel)
A Poesia é "apenas".
ResponderEliminarUm gd abraço
Há pouco senti passar o carro que anda a recolher o material reciclável, agora a poesia não...
ResponderEliminarOlá, boa noite!
ResponderEliminarApreciei muito este seu poema!
Na forma e no conteúdo.
Um abraço!
E que tenhas um FELIZ NATAL :)A com cheiro a caruma e a musgo :)
ResponderEliminarAbraço
Olá, de novo?
ResponderEliminarVenho expressamente desejar-lhe um Bom Natal!
Um abraço.
Um poema de Natal em
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com