Páginas

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

queda XVII

; talvez o silêncio fosse a tua hora; talvez já não tivesses mais ancoradouros e te aproximasses das gaivotas, navegador sem estrela; talvez, se te visse hoje, não acreditasse na tua voz, nos teus contos marejados: seria o vazio que me irias passar, nessa tua voz de regato; talvez te faças à vela e, na busca vã das aragens, vás resgatando a dor, a imensidão do claro-escuro, no dorso semi-esférico da noite;

(fonte da imagem:
http://dailyapple.blogspot.com/2010/)

3 comentários:

  1. Eu prefiro pensar que esse escuro da noite nos leva a dor, ao invés de a resgatar. Ou então interpretei mal as tuas palavras, o que em mim é bastante possível.

    Abraço!

    ResponderEliminar
  2. Passar o vazio a alguém é uma espécie de maldade...
    Belíssimo texto, gostei.
    Um abraço, caro amigo.

    ResponderEliminar
  3. Poesia!

    Embora, pela forma, possa não parecer!

    Saudações poéticas!

    ResponderEliminar