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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

hoje

Falaste-me, hoje,
do tempo das cerejas,
dos lampejos de sol,
gritando por entre as nuvens;
daquela luz,
inveja da aurora
e da brisa,
sopro divino entre os ramos.
Falaste-me das esperas,
do círculo feito pelas palavras
enquanto bailavam,
como insectos na luz;
encandeavam-se na certeza
de um poema,
soletrando marcas de água
baptizadas no santo lume.
Sim,
falaste-me do tempo das cerejas
e o céu voltou a lembrar-se
do quanto fora azul
no esforço,
e no descuido
da busca sôfrega do arco-íris

(fonte da imagem:

1 comentário:

  1. hoje
    ajudaste-me a levantar a cabeça
    e a procurar nas letras brancas deste belo poema...
    um olhar azul no meu coração...
    lampejos de luz nesse "tempo das cerejas"
    em que amadurecem os poemas-memória de quem amamos
    fizeste-me recordar também que
    “…não são corações
    os azuis que tenho
    com urgência
    de acordar”
    In http://latitudes.blogs.sapo.pt/1620.html

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