Falaste-me, hoje,
do tempo das cerejas,
dos lampejos de sol,
gritando por entre as nuvens;
daquela luz,
inveja da aurora
e da brisa,
sopro divino entre os ramos.
Falaste-me das esperas,
do círculo feito pelas palavras
enquanto bailavam,
como insectos na luz;
encandeavam-se na certeza
de um poema,
soletrando marcas de água
baptizadas no santo lume.
Sim,
falaste-me do tempo das cerejas
e o céu voltou a lembrar-se
do quanto fora azul
no esforço,
e no descuido
da busca sôfrega do arco-íris
(fonte da imagem:
hoje
ResponderEliminarajudaste-me a levantar a cabeça
e a procurar nas letras brancas deste belo poema...
um olhar azul no meu coração...
lampejos de luz nesse "tempo das cerejas"
em que amadurecem os poemas-memória de quem amamos
fizeste-me recordar também que
“…não são corações
os azuis que tenho
com urgência
de acordar”
In http://latitudes.blogs.sapo.pt/1620.html