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sábado, 6 de agosto de 2011

longe

Folheio a Vida
e desfolho a Morte:
é um contratempo 
que desorienta a minha rota:
se o mar abraça a terra,
num júbilo de rendas brancas,
por que não irão estas duas,
qual alfa e ómega,
entrelaçar-se no perfeito infinito?
Como uma cobra
mordendo a própria cauda,
assim Vida e Morte,
num abraço glacial,
mas incandescente,
tornariam o princípio e o fim,
as faces de um mesmo cêntimo,
as virtudes de um só plano...


(fonte da imagem:
http://galeriasdearteemportugal.blogspot.com/)

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