Os arbustos lançavam chispas,
sebes vivas.
Era um caminho poeirento,
cálido.
Sempre aqueles quase-dedos
velozes,
na busca feroz do seu corpo.
Mas seguia,
sempre.
Havia tempo
que o sol já não era companhia,
apenas tortura,
que a brisa
era apenas um vento quente,
amargo,
seco.
Doía-lhe aquele trilho
que lhe ia macerando,
sem dó,
toda a vida
até lá longe,
ao refúgio
(do amanhã)
(do amanhã)
Às vezes o "refúgio da manhã" fica tão distante que é preciso ganhar asas...
ResponderEliminarUm beijo, amigo.