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quinta-feira, 27 de março de 2014

homenagem/rito de passagem

A tristeza vai cerrando-me os olhos.
É um olhar adiante,
um mirar atrás,
um sopro esquecido...
é uma moleza parada,
preguiçosa,
uma cortina que me abraça a nuca.
Um vago estertor
- chamam-lhe soluço -
trepa,
em "rappel" invertido,
até à minha garganta.

A genética explica essa união,
tal como o ponto e o alto
de um cante alentejano,
assim caminha uma família,
nas pausas de uma moda,
diminuindo, diminuindo
diminuindo sempre,
até ao fim.

(fonte da imagem:
http://da.ambaal.pt/)

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