Quantos eus sou eu?
Olho-me,
olhos escorrendo,
deslizando,
o meu umbigo
fixado no hoje.
Não busco muito,
o que sou serei eu;
o ontem mastigou
o meu olhar,
os meus olhos debruçaram-se
e o esquecimento voltou;
talvez,
de tanto focar-me,
se desfizesse o íngreme
gesto,
o riso demente, insano,
jogado alto
no delírio do tempo!
Ah!
Mãos vazias,
berço luzente da madrugada,
ergam-se, fechem-se,
segurem bem alto o cabresto,
impeçam
a fuga desalvorada,
o tomar do freio nos dentes!
(fonte da imagem:
Ah, pois!
ResponderEliminarQuando se toma o freio nos dentes!....
Saudações poéticas!