Agora é o tempo
do chumbo na fronte,
do resvalo intuitivo,
do esvoaçar das misérias.
Hoje,
a vida entrelaça-se
nas guelras de um peixe,
luzidio e anónimo.
Hoje, celebro 6 anos
e volto à escola,
mesmo sabendo
que as misérias
sopram ao meu redor.
Hoje,
guardo os papéis
que me deu uma jovem
à entrada do metro,
talvez restos
de sábias ordens puídas, sei lá.
Agora é o tempo
do alisar da manhã,
da relva gulosa pela chuva,
das 7 partidas do mundo.
(foto do autor, obtida com telemóvel:
exposição no Pavilhão do Conhecimento
Ciência Viva, Lisboa)
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