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segunda-feira, 23 de maio de 2011

memória

Foge-me o tempo,
fogem-me as palavras,
o relógio adianta-me os livros:
fincam-se como alas petrificadas;
há um pó de tempo futuro,
mescla de desejo ou ânsia,
numa indagação resignada,
enforcando-se nos ponteiros,
caminhos de estreito infinito,
enquanto as capas,
as contracapas,
as lombadas,
me calcam numa cilada
arcaica,
em tropéis de excertos...  
(fontes das imagens:
e

2 comentários:

  1. Uma pressa de futuro a tiquetaquear nos relógios do presente.
    E os livros... a confundirem "infinitos"

    Um belo poema!

    L.B.

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  2. para os livros nunca devia faltar-nos o tempo...

    mas, enfim é uma realidade!

    beij

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