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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

terra








Pelos campos crestados,
vítimas doces da charrua,
rogavam bênçãos,
velhos pastores d'outrora.


No diluído entardecer,
entre as argolas do poço,
no retalho da horta,
cerziam-se as letras, as palavras,
dispersas pelos tempos.


No marulhar da charrua,
na braseira já finada,
teciam altivas,
as planuras moças,
tão secas,
frugais.

5 comentários:

  1. Quando não há palavras capazes de acabar com a secura nos sulcos da terra, ainda nos restam as palavras da esperança, já tão breve,de reacendermos a luz fatigada das manhãs nos trilhos da chuva.
    Um belo e ecológico poema.
    Beijos.

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  2. Belo poema.
    Gostei da estrutura e das imagens poéticas.
    Caro amigo, bom resto de semana.
    Abraço

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  3. o meu sorriso é triste e doce

    pode a tristeza ser uma dor doce?

    _____


    hoje, quando o tempo é um lamento
    nas sobras do vento

    um beijo Jaime

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  4. e, no entanto, a chuva não pára...
    :)
    bjs.

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