Olhos não seguem estrelas brilhantes, é manhã num comboio cadente a trilhar o gelo exterior, Baltazar a encolher-se no saco, a pensar em Valentina que há dias foi ver o mar. Pássaro verde a galopar, a galopar, e a música a adormecer o tempo. Baltazar de pele desmaiada a levar a canção de embalar à Menina, a saber o caminho da casa que não é cabana, a saber dos pais, Sara que não é Maria e Rui que não é José, e a saber do berço branco que não é manjedoura nem tem palhas, a saber do berço a aguardar a Menina que se irá chamar Francisca. Baltazar a viajar para sul ao encontro do natal.
(extracto de um poema de moriana
publicado no seu blogue)
Balança o berço,
na espera de amanhã.
Embalados os sonhos,
a espuma triunfante,
a fronte em jeito
de sorriso tardio
(quem sabe?).
Baltazar
revolve laços
nos nós de Valentina;
Francisca descobre
o caminho lasso,
de regresso,
deixando o berço,
alvo,
na solidão das tardes
(aturdidas)
(imagem retirada da net)
devem existir estrelas no berço, dizem-me os pais que Francisca sorri a dormir...
ResponderEliminar:)
para temperar a noite
ResponderEliminar(quem sabe?)
com a candura dos sonhos!
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um frágil luar sobre a serenidade da noite e um beijo