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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

sucessão finita

nada digo:

o tempo assalta-me de pudor
e a minha voz, frágil chicote de vento, é ancoradouro das trevas.
(comentário de maré ao meu poema 'fugas')

arvora-se-me o tempo
pelo silêncio,
o gotejar da memória
corrói-me as têmporas;
liso é o resvalar dos murmúrios,
no soturno vazio
de cascatas,
feridas
na pudica sucessão das horas...

4 comentários:

  1. Gosto das tuas inspirações e das tuas fontes...
    bom ano novo. Beijos.

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  2. o tempo
    memória e muro
    árvore e silêncio.
    um silêncio dilatado de veias...

    ____

    cruzamento de um beijo e desejo de fabuloso ano Jaime

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  3. O silêncio. O tempo. A pudica sucessão das horas. Tudo neste poema nos diz que é o tempo que faz e desfaz a vida que nos coube.
    Beijos e um ano de 2010 melhor.

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  4. Lindo, lindo, lindo!
    Beijinhos e Feliz ano novo!

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