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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

chamas



vejo e revejo a lua
que sobra pelos dentes dos claustros;
os olhos mascaram-se de luz
e as sombras esquivam-se
à deriva nos mares da noite;
ouço as labaredas,
vejo-as
no sonho da minha pele;
...e o espanto
inunda toda a escrita,
no vaguear flutuante de ousados espectros.

(inspirado em marés no seu blogue
marés de espanto)
(imagem retirada da net)

2 comentários:

  1. Que belo poema! Sempre inspirado. Muitos beijos.

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  2. segredo-te
    no final do olhar
    a doçura que me despe inteira.
    fico em luz coada
    à deriva
    no princípio da noite
    para que uma lua antiga
    se aconchegue no meu corpo
    e eu adormeça
    na metamorfose mais cálida do silêncio.


    _______

    é de lua o meu beijo
    e a ternura de um sorriso

    obrigado Jaime

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