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terça-feira, 17 de novembro de 2009

escrevo










escrevo em jacto, num sopro;
esqueço a lima, a borracha
a correcção cuidada,
tudo sobra....
faria tanto
para ter a escrita limpa,
em dia,
linda!
(ou não)
e a simetria do esforço,
o estilo assoberbado
(e injusto)
leva-me as palavras,
o verso,
para longe dos meus dedos,
na distância áspera
de quem lê.

(imagem retirada da net)

2 comentários:

  1. Gostei.
    Mas a distância não é áspera...
    Beijos.

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  2. escrevo
    sem reduto

    sopro
    e margem
    língua
    e árvore

    escrevo
    em jeito aberto
    matéria volátil
    torrente
    nas nossas mãos

    _______

    deixo um beijo Jaime
    cansado mas terno

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