Os soluços desfeitos,
a claridade possível,
o abandono,
o pesar
(o quase estado de graça)...
rasteiraram-me no quotidiano
solto,
augurando silêncios pardos;
sei que partiria descalço,
trajado nos rigores daquele Outono
descaído,
quási pobre;
o caminho das ondas
trouxe-me vaivéns de sal,
do tempo em que à janela
largávamos pinturas,
e risos e gestos
caídos nos solos de velhas guerras;
solto agora o meu tempo:
há duas, talvez três auroras,
infinitos ocasos
engendram palavras,
poemas (quem sabe?),
mas era a obscuridade
que, insidiosa,
se espalhava
{como urtigas por campos de linho dentro...}
(imagem retirada da net)
Muito bonito, Jaime! Beijinhos.
ResponderEliminarpoderia dizer, que a minha mão segurou a tua, tal a verdade com que me "falaste"
ResponderEliminar_____
o tempo atravessa-nos.
às vezes como campos de urtigas.
e deixo um abraço, remoto de papoilas