![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUE8FzUZI88XTxO8RraP7Fp3IWo_37P9ISVeTpsetdzV0M-RfREQBlp2GH2hcwe5053FbjeEXrQHCpKlv-5h6Fw4fv7ko2xtvLLhFR33I33iE8xOMYwnpm9ATG8erGDnRImelUCw/s320/renoir-dance.jpg)
na noite de uma vida inteira,
não sei se te lembras:
mirava teu sorriso,
naquele cotovelo de rua,
enquanto sobrava sol
nos teus olhos;
dançávamos o baile antigo,
e as tílias derramavam-se
em sorrisos
à tua passagem.
Dava-te o braço
e ríamos,
ríamos muito,
apesar do tempo,
apesar dos outros,
apesar de nós...
subia o pano
das nossas lembranças:
o teu sorriso,
a nossa dança,
o gozo da vida,
como se a nossa alegria
fosse sempre nossa,
nunca se sumisse
por entre conversas escarninhas...
Fiquei aqui,
à beira da rua,
do cotovelo,
ainda abro os braços,
esperando uma dança
que já partiu,
há tanto tempo,
que só te recordo
o sorriso, os braços lânguidos,
a tua leveza surripiante...
Não!
Não voltes!
Não voltes mais!
Não voltes mais!
(imagem retirada da net, Renoir: "Dança na aldeia")
Uma bela dança.
ResponderEliminarGostei de ler o teu poema.
Obrigado pela tua visita. Volta mais vezes.
Abraço.