lá vai o demente,
assim te chama toda essa gente.
Mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar.
(António Variações)
Sim,
tenho os olhos,
guardados na gaveta das dobras
onde fica a dor de ontem.
Extraí e destilei a fuga;
caminhei lado a lado
com a raiva do nada;
o medo esgueirou-se
pelos pensamentos adentro.
Houve receios almejados,
marinhando pela alma longe,
fugidia.
O povo sabia o demente,
e nada tinha;
o demente tinha o ser,
o finito,
o nada,
o tudo,
o dobrar-se na fantasia,
e adormecia nos baixios
da memória.
(foto extraída da internet)
belo o poema de António Variações, igualmente belas as palavras tuas que dele brotaram.
ResponderEliminarbeijo
(excelente semana :)
a demência não está em fronteira alguma, pois não?
ResponderEliminarBjs
(tem tabém uma excelente semana, com muitos posts também ;)