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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

come out, come out wherever you are


O medo possui-me.
Sabe-me.
Na minha almofada,
ele escorre-se
tão lesto,
que temo a sua partida.
Brilha-me os olhos no escuro,
mostra os dentes quando acordo.
Fico inseguro,
laivos em pernas trementes.
Canto-lhe "lullabies",
sonda-me em jeito de quase fim.
Onde pára a sua alegria vampírica?
O seu jeito de borboleta?
Caminho longe,
passos quase firmes,
segue-me um Frodo bamboleante...

(a partir dum poema de moriana)
(imagem retirada da internet)

4 comentários:

  1. Medo da morte ou da vida? Gostei do poema e do "Grito"
    Um abraço.

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  2. O medo não tem fronteiras morte/vida. Também sempre gostei muito do "Grito", exprime quase tudo.
    Apareça!
    Um abraço

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  3. um dia descobrimos que o medo é a defesa que construimos para a ânsia de nos darmos....

    bj.

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  4. Sim, concordo. Mas quem se dá muito pouco será o mais valente? ;)

    bj

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