Há pedras
que caminham nas minhas costas
há tanto tempo
que me estão incrustadas.
Longas as esperas,
longo o tempo,
em que me vejo,
só,
só as pedras
sempre comigo.
Caminho direito,
no meio de sonhos,
entrecruzados de mentiras...
solto-me,
as pedras vêm,
e o caminho igual,
quase ressentido
desta constância,
constante da rocha
que me faz igual a mim mesmo,
enquanto vou,
quase vacilante,
por veredas
(caminhos esquecidos)
para que as minhas pedras
não sejam tropeço
para mais ninguém.
Todos as temos, felizes os que têm com quem dividir o peso dessas pedras...
ResponderEliminarÉ verdade, blindness.
ResponderEliminarNo entanto, tenho por vezes a tentação de virar as costas, carregar a minha cruz e seguir adiante...
É verdade, blindness.
ResponderEliminarNo entanto, tenho por vezes a tentação de virar as costas, carregar a minha cruz e seguir adiante...
Quantas vezes as pedras fazem tanto parte de nós que se confunbem connosco, ou nós com elas.
ResponderEliminarMas há o sentir
Há a sobrevivência
Há os amigos que nos ajudam a carregá-las.
Um beijinho
Sim, Helena, se não fossem os amigos o peso das pedras era insuportável. Penso que o agradecimento é pouco, sempre.
ResponderEliminarBeijos
gosto de pedras, as dos monumentos, das calçadas, as que o mar nos oferece. gosto de apanhá-las e guardá-las em frascos transparentes.
ResponderEliminar(todos nós arrastamos connosco, sedimentos...)
*
Sim musalia, concordo contigo; e feliz é aquele que consegue ver a arte, emocionar-se com as pedras do caminho. Carrega umas, as outras mira-as e segue com um fito no horizonte.
ResponderEliminarAparece sempre! És muito bem-vinda :)