
Timbrei o meu escrito:
os verbos,
os sujeitos
(tantos esses),
os complementos
(que, na sua limpidez,
na precisão do seu eixo
nada apontavam).
As palavras - tantas vezes -
cansam,
enredam-se na boca,
na ponta dos dedos;
nem mostram a humildade
de um poente
caindo sobre si,
cisne morrendo-se.
Entretanto,
tenho de escrever,
escrever muito,
escrever de cor,
escrever até
a dor derrotar os sentidos.
Que ofício este!
Ser e não ter,
ter e não ser...
(...)
e as palavras sem dono,
sem mestre,
vogando,
vogando sempre.
(fonte da imagem:
http://eresaw.deviantart.com/art/The-dying-swan-272293091)
Por certo que as palavras hão-de trazer um novo ritual para incendiar o poema...
ResponderEliminarMuito belo!
Uma boa semana, Jaime.
Um beijo enorme, já que finalmente consegui comentar-te.