Enrolei o mar,
sob os braços;
as narinas imersas
no grito pulsante
da vaga
solta até à Lua.
Águas trémulas,
remoinhos pétreos,
sábios vazios.
(...)
Escalei a montanha,
estendi o mar sobre a relva;
desencontro de longas memórias.
Onde estavam tantos outros?
Para onde a púrpura do poente?
As águas esquecem as fúrias,
em oráculo se quedam...
(...)
Então,
ao leme da alma
ergui-me,
sorrindo à luz, ao calor, ao vento, à bruma
e fui, em passo de pastor,
fruindo a vida...
(inspirado num poema de blindness)
(foto retirada da internet)
Sem comentários:
Enviar um comentário