As ruínas limitavam
o tempo,
eram um sol escuro
que pendia, cambaleava,
que fingia um
acto quente,
luminoso,
cínico numa campanha
pueril na sua vastidão.
Todo o chão
sentava os passos
que, jocosos,
ensaiavam a travessia.
Reflectiam as colunas
a baixeza,
rumando
para o lado em que
aquele sol,
sempre escuro,
amotinava os
ábsides, os cunhais.
Forças ancestrais,
longas, impantes,
preparavam meticulosas,
o fim, todos os fins,
nem carbonizações restariam,
nem arqueólogos aqui viriam
num futuro distante.
Na certeza
de que o luar
seria cavalgado
entre mágoas nas
fissuras instáveis
do Tempo...
#publicado na minha página do Instagram, com adaptações #tempo #colunas
(imzgem: arquivo do autor)
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