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domingo, 5 de maio de 2019

olhar

Passeaste os olhos
pelo corredor, 
pelo chão, 
encontraste os meus
e sorriram-se. 
Aproximei-me
do teu precipício, 
espreitei, 
e a vertigem puxou-me:
"Onde estaria o teu olhar?" 
Senti que, contigo, 
sobrevoaria até o mar, 
raso de lágrimas. 
Tentaria, pois, 
o salto. 
Teus olhos riram, 
abraçaram os meus 
e demos as mãos, 
o Tejo indicando o caminho, 
o amanhecer o nosso limite. 


(foto do autor 
obtida com telemóvel:
Lisboa vista duma das 
suas colinas) 

1 comentário:

  1. Também encontrei os teus olhos, Jaime e sorri-te… O teu poema é muito belo, com "o Tejo indicando o caminho" de qualquer limite…
    Nem sempre consigo comentar-te e não sei o motivo…
    Um grande beijo.

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