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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

memória finalizante


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É na memória 
que relembro o perdão,
o difícil de dizer:
“Eu perdoo-te”
e empurrar esse pacote,
bem embrulhado,
de laçarote,
para o fundo 
do esquecimento.
De lá brota,
 às vezes,
e é nessa acidez-relâmpago 
que relembro que o meu 
limite
se aproxima,
afasta
de um Perdão Infinito
gotejando 
a Sua essência,
na lentidão
do escorrer dos dias.

(foto do autor
obtida com telemóvel:
jardim nocturno em Marvila)



2 comentários:

  1. O perdão é como um abraço: uma longa conversa sem palavras… Gostei muito do Poema.
    Geralmente gosto do que escreve, Jaime, mas, não sei por que motivo, não consigo comentar. Obrigada pelo carinho das palavras que me deixou.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  2. As suas palavras já criam um árvore cheio de poemas maravilhosos.
    Abraço

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