
É na esquina dos meus pensamentos
que te espero,
espuma fugidia
em trapézio imóvel;
gabas-te do quanto deslizaste,
do quanto me fizeste confiar,
das palavras que sumiste de mim;
foste o resquício,
o travo doce,
o fugaz negrume,
conforto de um funâmbulo,
toda a duplicidade
deste triunfo a que chamo "eu".
Talvez não me creias assim.
Não corro as as cordas de aço
sem um caos delicioso;
por isso,
babugem de Outono,
até de Dezembro,
sou eu que estou ali:
entre dois planos,
perpendiculares ou paralelos,
nada me importa.
(fonte da imagem:
http://olhares.sapo.pt/funambulo-alado-foto4254470.html)
Eu fã do desafio da Maragarida cheguei nesse admirável blogue poético
ResponderEliminarAbraço
O funambulismo dos sonhos a tornar-nos cúmplices da vida...
ResponderEliminarUm belo poema, Jaime.
Uma boa semana.
Beijos.