Despego-me de alguns,
daqueles que me perderam;
as amarras,
os laços esgotam-se,
desfiam-se;
vejo o mar,
olho o passado
e firmo as memórias
que em mim cabem.
Hoje, na pirueta das ondas,
no regresso das vagas
ao mar chão,
apenas sobra
o desgaste,
a polução rota
do esquecimento.
("Opta pelo silêncio,
haverá sempre quem
se esquivará
dos teus caminhos,
e nas esquinas falará
dos teus actos.
Que a tua cabeça seja hirta
como o Sol,
nada te atormentará, então."
Fala de Titus, o historiador,
a seu discípulo Justinus)
(foto do autor obtida
com telemóvel)
Com o frio que está, gabo-te a coragem de poetisar sobre água. Não seria melhor falar sobre lareiras? Abraço!
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