Era sinuosa,
(lagarta imparável,
vento de Deus,
embaraço das nuvens),
aquela hera,
arrastada,
taciturna,
sempre que o entardecer
a imergia.
Ansiava pelo ar
lodoso,
frio-aço
que a envolvia,
ondulante,
queimava-a
um desejo,
um rastilho
ainda apagado
pelo seu verde transparente
(quase).
Frio diadema,
quando regressas?
Quando te verei
nos braços
de um jazigo,
pedra tumular,
sarcófago
ou objecto vago ou
incorpóreo,
morada dilecta,
minha almofada.
(foto do autor
obtida com telemóvel:
Quinta da Cardiga)
Uma hera a abraçar a casa e os sonhos que nela moram. Como dedos procurando o corpo...
ResponderEliminarBeijos.
Um magnífico poema.
ResponderEliminarGostei imenso das tuas palavras-era...
Um abraço, caro amigo.
Boa semana.