Escorro-me,
fluido,
serpenteando
pelas vizinhanças
que, esguias
e sinuosas
te entretêm
nas cálidas manhãs.
Ao meio-dia,
entre montículos,
salinas petrificantes
de memórias
cristalizadas,
esgueiraste
os teus olhos
que rolaram,
rolaram
até mim.
Na epifania
do teu sorriso,
plantei orquídeas,
que reguei
com a minha pele.
Entre sorrisos inócuos,
percorro os teu braços,
canoas de mim.
Agora,
nos meandros
suaves,
do teu colo,
fluindo
pelos teus lábios,
entrevejo
a busca já saciada,
o recheio consumido,
num ápice
de estertores pagãos...
(fonte da imagem:
artisticglobe.com)
Há momentos que importa reter como:
ResponderEliminar"Na epifania
do teu sorriso,
plantei orquídeas,
que reguei
com minha pele."
ou simplesmente o dizer que brota das imagens que não vemos... mas sabemos serem...
Abraço
Um poema cheio de sensualidades bem desenhadas.
ResponderEliminarUm magnífico poema, gostei.
Um abraço.