Caem farripas,
musgos,satura-se o ar
nas fendas do tempo.
Humedeço os lábios
e agarro os líquenes
que me sustêm,
b
a
l
a
n
ç
a
n
d
o.
Há falésias,
há cavernas
iluminadas,
entre os fetos,
os salgueiros,
os lírios.
Saturo eu e o ar,
a roupa ensopa-se,
esvoaçam memórias,
essas secas,
desejo imberbe
de carícia.
Renuncio ao objecto,
à farra desonesta
que me envolve,
e o retrocesso é caminho,
a vida flui,
já enxuta,
caminho a pé seco de virtudes...
("Lembra-te sempre da
tua juventude,
não a dês por perdida;
tu és todo inteiro,
desde os tempos da
inconsciência."
Fala de Aristóteles a
a Alexandre (o Grande)
antes da jornada)
(fonte da imagem:
http://www.unicamp.br/fea/ortega/eco/fotos.htm)
Magnífico poema.
ResponderEliminarNa forma e no conteúdo.
Gostei muito, como sempre.
Um abraço, caro amigo.
Olá, como está?
ResponderEliminarDei por aqui uma volta.
E soube-me bem!
Um abraço!
Você escreve de um jeito interessante, Jaime. Eu me senti agradavelmente perdida, não sei explicar... É que os seus escritos têm um sabor diferente de outros autores que conheço. Mas estou gostando do que estou conhecendo.
ResponderEliminarAbraços e, mais uma vez, seja bem-vindo.
Só mais uma coisa: por que não desativa essas palavrinhas que aparecem sempre que postamos comentários? É que isso pode "espantar" os leitores que querem comentar seus poemas. Vá em Configurações -> Postagens e comentários -> Mostrar verificação de palavras -> não. (isso se quiser retirá-las, é claro.)