Voltei atrás,
o tempo fitou-me,
para lá dos meus ombros.
Estreitei os meus olhos,
a busca inútil,
os olhos fechados
em espanto tinto
na chama do regresso.
Vem!
Sê audaz na busca!
Faz dos teus olhos
os diademas da tua vitória,
que o teu pulso
seja o signo da tua libertação,
que os teus pés estejam calçados
no clamor da paz.
O tempo fita-me,
os meus olhos abraçam
a imensidão dos sentidos.
Já não há restos de glória,
apenas os tempos mudaram:
os desaires,
as desgraças,
as derrotas,
as privações,
foram levadas pelos torvelinhos
da espuma das cornucópias.
Talvez o tempo seja agora o dono
das margens da abundância,
percalço ambicionado
de uma barcaça que não afundou!
(fontes das imagens:
1ª e 2ª: do autor obtidas com telemóvel
3ª http://www.thebargemaria.com/thebargemaria/Home.html)
(fontes das imagens:
1ª e 2ª: do autor obtidas com telemóvel
3ª http://www.thebargemaria.com/thebargemaria/Home.html)
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