Embrulhei-me entre o ontem e o amanhã,
já nem as águas chegavam;
o cais estava deserto de risos,
de infinitas vozes,
e o mar ia lambendo
os restos de algas e de verde
que a memória alcançava.
Navegavam os meus sonhos,
e as carícias que emprestaram
ao riso que te envolvia;
e, assim, entre o ontem
e o amanhã,
num quase-alegre reboliço
pintalgava um alvorecer
que se ia erguendo,
por detrás das águas,
numa quietude transparente.
obtida com telemóvel)
Não sei bem porquê mas gosto da imagem, faz-me lembrar uma pintura em pastel. Abraço!
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