Duas horas.
Os campos abrem caminho
por entre o canto das cigarras.
O ar treme, vazio de pó,
e é esse deserto que o Sol assombra.
O grito encova-se
na inutilidade,
no fardo daquele dia.
Duas e meia.
O suor secaria nas têmporas,
se não houvesse deserto
e o canto das cigarras.
Três horas, quatro, cinco.
Quando os azuis se encontram,
o horizonte salpica-se de infinito,
e é nas gotas de suor
que não brotaram
que floresce este Alentejo,
para além do Tejo,
para além de mim!
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(publicado em primeiro lugar em
"Momentos de escrita criativa")
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