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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Perdão

Perdoaria as tuas mãos gélidas, cerradas,
o teu sorriso vago quase sepulcral,
o teu silêncio ocre;
se as tuas mãos se abrissem ao sol,
talvez a minha espinha se vergasse,
e o teu sorriso desfraldasse a lua
que enche o meu peito de gozo.
Arrasas o vazio que contigo se move,
tua sombra exulta;
teus passos coxeiam na dureza da hesitação,
calças os sapatos que escoram os teus medos.
Perdoava-te se as tuas mãos não fossem a substância
já degredo, já passado,
vil arremedo de caminhos porventura já extintos...

(fonte da imagem:
http://www.myheartstaysathome.blogspot.com/)

2 comentários:

  1. Um poema muito melancólico, denunciando a ausência do amor...
    Com a Vida e com o Amor celebre em seu coração a Luz deste Natal. Que 2011 seja um ano MELHOR.
    Um beijo, amigo

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  2. Passo para deixar os votos interiores de um Natal com Paz, independentemente da concepção que se tenha dele.

    Com amizade

    Lobinho

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