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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pan-(dor)-a


Cristalizaste os teus erros;
subiste a escarpa, velaste a madrugada.
Então,
rindo, 
sentada sobre o mundo,
funambulaste,
quási acrobata num trapézio baço,
exibindo o ouro dorido, a prata vaga,
num esgar de meias-noites ainda rubras.

Então, soltaste medusas
- e Pandoras das caixas -
 e a vacuidade porosa
foi, altivamente,
tomando conta das colinas,
dos montes, das falésias até,
num gesto largo de oração,
de desmedida reza suspensa...
(fonte da imagem:

1 comentário:

  1. Olá, boa noite!

    Há um tempo que por aqui não passava.

    O seu blog continua interessante e variado.

    Um abraço

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